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terça-feira, 11 de maio de 2010

Noite viva

Não sei dizer a imensa chama
Chama morta de meu peito
Não sei dizer do clarão de seus olhos
Do rubor do meu rosto
Apenas calo ao som estimulante
sua musica perfeita
Apenas quero tudo e não mais dormir

Quero beber da língua o vinho doce
Quero amar a chuva brincando de ser lua

Venha ver, me ver assim agora neste instante nu
Venha me cuidar destes males daqui
Venha mostrar o todo

Quero tudo que a febre queima
Quero aquilo que embriaga, rosa, flor de um dia bom
Quero seu corpo estremecido

Venha bailar ao som a sua própria musica
E quero sempre desejo o fogo
Fogo, paz viva noite embriagada...

terça-feira, 4 de maio de 2010

Entrega (Contra a Métrica)

E já não se conta não se mede
-questiona?
Em vão!
Agora apenas existe e basta.

Desperta do sono a pena
Arranha em carne viva
A vontade já descrente
Demente força

E a força insisti insolente
-resistência?
Em vão!
Agora o corpo grita exausto!

Não há resistência mais...
Ante o desejo mais humano
Ante a vontade mais pura
Diante do chamado mais alto
Apenas entrega!

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Meia vida inteira

Aquele foi o meu instante
A glória do meu corpo e o
Pavor dos meus sentidos

Uma violenta incerteza
Um rápido suspiro antes
Antes da luz da realidade imunda

Um doce impudor
Um som inaudito antes
Antes do ruído seco dos teus passos

Aquele foi o meu instante
A glória do meu corpo e o
E o pavor da índole libertina

Do instante edaz, agora
Lembrança vulgar
Meia vida inteira.

Sobre a noite...

É de fúria e de sensualidade
feita a noite longa
de minutos sufocantes da noite
dou-me corpo todo dita fúria
centímetros da pele em luta
contra os minutos velozes
repito palavras grito sem voz
tento conter com os dedos
a violenta vontade
desequilibro ansiosa não vejo mais
e sem ver atiro-intensa!
Morro por uma noite
Acordo viva embriagada
Contra

...é ,então,porque você não sabe- saberá?
é,então,porque não conseguiria- suportaria?
o peso de ser parte do que sou...
a responsabilidade de se fundir com tudo o que eu tenho...
Não!Não saberia nunca!Porque sua força-disfarce!-morre...
Morre ao peso do meu toque...Você não consegue...
Ante minha força...Diante do meu corpo...Contra minha razão...
E fraquejas sempre!Não suportarias tudo o que sou...
Sou para os inteiros,para os fortes
para os delicados...

Cadeia

Cadeia

Apenas calo e deixo a porta bem fechada
Sem trancas neste silencio cultivado-induzido
Hoje chaga, amanha alegria altiva
Sempre latente-pêndulo!
Uma linha, uma cadeia biológica
Arrastando-se no tempo
E,hoje, em batalha feroz!
Conduta cativa de um padrão-não!
Grito!
Clamo!
Quero desfazer essa teia
Ultrapassar esses vícios
Queimar tudo quanto insiste
Nessa doença vassala
Desse sangue submisso

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Riso

Nesta alegria dessas luzes
-que as sei fugazes!
Sinto no sangue o gozo
-e todos os paladares!

O riso baila em meu corpo
-que o faço redoma de prazer!
E brilha e ri!
-desatando,não há que conter!

Ah!Minha alegria!
Saltada do riso contido-seco!
Agora viva estendendo-se
Pelas paredes imóveis do gênio...